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25 de fevereiro de 2011

Resenha O Príncipe de Maquiavel





Para iniciarmos uma boa resenha faz-se necessário uma leitura atenciosa, concentrada, delineando-se os pontos importantes do livro e as partes que nos chamou mais a atenção. Se possível uma breve biografia do personagem para abrilhantar mais o que vai se desenhar abaixo. Onde nasceu, como viveu e a importância da obra para a humanidade, nos dias atuais e em sua época. Nicolau Maquiavel nasceu em Florença, na Itália, no ano de 1469, filho de advogado e pertencente a uma família de destaque em seu torrão natal. No auge do Renascimento, sua pátria estava dividida em principados de pequeno porte, enquanto na Espanha, Inglaterra e França já eram consideradas nações unificadas. Fraca militarmente e politicamente a sua Itália, em contraponto tinha seus grandes nomes culturais de alcance surpreendente. Filósofo e político Nicolau Maquiavel viveu no período de 1469 a 1527, vivendo 58 anos. Considerado um dos mais famosos e conhecidos filósofos políticos, visto que tinha uma visão eminentemente de um governante. Poderia se tornar devido às conseqüências de seu país cruel e violento para conquistar o poder e mantê-lo. Escreveu um livro polêmico intitulado “O Príncipe”. Dedicou a obra ao Magnífico Lourenço de Médici, para depois começar a esmiuçar o assunto estendendo-se por todos os principados.
No capítulo I começa a tratar de um assunto se estende por grande parte da obra: os principados como foi citado antes e podemos observar como ele definia o Estado. Nicolau Maquiavel afirmava que o Estado eram na realidade todos os governos que tiveram e têm autoridade sobre os homens, sendo ou não repúblicas ou principados. Fala dos hereditários e mistos que em seu aspecto eram menos tangíveis pela conservação do poder, pois tinha um príncipe de linhagem de comando tradicionalíssimo. Pensava e tinha como ideal a eliminação da linhagem de nobres dominadores e desprezava a alteração da organização de leis, instalação de colônias imposta preexistentes e a mudança do novo dominador para o local conquistado. Estado dominante e povo dominado e obediente a ele, recebendo o apoio até dos vizinhos. A partir desse momento o autor inicia a utilização de diversos exemplos para ilustrar as características que se dispusera a descrever a partir dessa situação. Neste caso dos principados mistos, um nome bastante comentado é o de Luís XII. Fala sobre o reino de Dário, que foi dominado e ocupado por Alexandre o Grande, e da não revolta contra seus sucessores depois da sua morte, havendo contraste com territórios ocupados pela França.
A grande explicação reside na forma de organização da monarquia: no reino de Dario, existe apenas uma figura central e de maior importância no poder, o príncipe, e todos os outros são servos; já nos reinos governados pela França, “O rei é posto em meio a uma multidão de senhores de linhagem antiga, reconhecidos e amados pelos súditos...” (capítulo. IV, no. 3), o que não cria uma figura central forte e, cujo poder, não possa ser contestado. Maquiavel afirma ainda que um líder deva buscar o apoio de seu povo.

Para a surpresa de muitos, o autor explicou que ao assumir o poder “deve-se cometer todas as crueldades de uma só vez, para não ter que voltar a elas todos os dias... Os benefícios devem ser oferecidos gradualmente, para que possam ser mais bem apreciados.”. No principio, cita os exemplos de Moisés, Teseu, entre outros, que por virtude própria tornaram-se príncipes. Já no segundo, o autor transcorre a respeito de César Bórgia, filho do papa Alexandre VI, cujas conquistas foram impulsionadas pelo poder da posição de seu pai e, depois, por alianças com pessoas de punho mais firme que ele, como Remirro de Orco. Já em "Dos que conquistaram o principado com malvadez” (capítulo. VIII), é tratado o fato de se atingir o principado através de “... atos maus ou nefandos...” (no. 1).
Maquiavel também afirma que, se necessário, um governante deve mentir e trapacear. O autor declara que é melhor para um líder caluniar do que agir de acordo com suas promessas, se estas forem resultar em conseqüências adversas para sua administração e seus interesses. Da mesma forma que Maquiavel acreditava que os líderes deveriam ser falsos quando preciso, ele os aconselhava a ficarem atentos em relação às promessas de outros: eles também podem estar mentindo caso seja de interesse deles. Maquiavel afirma ainda que um líder deva buscar o apoio de seu povo.

Para a surpresa de muitos, o autor explicou que ao assumir o poder “deve-se cometer todas as crueldades de uma só vez, para não ter que voltar a elas todos os dias... Os benefícios devem ser oferecidos gradualmente, para que possam ser mais bem apreciados.” Estamos aqui determinadas nuanças que o autor do livro nos proporciona trazendo para os leitores - um (raio - X) - de como se fazia política a sua época. Maquiavel foi muito criticado pelas idéias que ele defendeu em “O Príncipe”. Contudo, é importante ressaltar que ele preferia uma república à ditadura. Tinha uma preocupação com a fraqueza militar e política da Itália, e desejava ver um governante forte que unificasse o país e expulsasse os invasores estrangeiros que estavam devastando a Itália. Por um lado, Maquiavel era defensor de táticas severas e cínicas, por outro, ele era um patriota idealista. Na realidade Maquiavel queria tornar seu país um Estado forte com os demais. É notório também no livro o destaque dos principados civil e eclesiástico. No civil o cidadão comum pode ser príncipe de sua nação pelo apoio dos compatrícios do povo e dos nobres.

Por um lado, Maquiavel era defensor de táticas severas e cínicas, por outro, ele era um patriota idealista. Por esse detalhe muita gente usou o clichê maquiavélico para as pessoas de má índole, mas na realidade Nicolau Maquiavel não era assim. Ele queria a redenção de sua pátria e sua atitude era muito justa. Na obra-prima de Maquiavel muitos leitores chegam à conclusão de que ela pode ser considerada um guia de conselhos para governantes. Cujo tema central do livro é o de que para permanecer no poder, o líder deve estar disposto a desrespeitar qualquer consideração moral, e recorrer inteiramente à força e ao poder da decepção. Maquiavel escreveu que um país deve ser militarmente forte e que um exército pode confiar somente nos cidadãos de seu país – um exército que dependia de mercenários estrangeiros era fraco e vulnerável. Como foram notados e citados anteriormente poucos filósofos políticos foram tão condenados quanto Maquiavel.
Seu nome virou sinônimo, inclusive na língua portuguesa, de duplicidade e manipulação: “maquiavélico”. As idéias de Nicolau Maquiavel podem não ter sido morais, mas foram certamente influentes.

O próprio Maquiavel declarou que elas não eram originais: seus conselhos já haviam sido adotados na prática por diversos governantes bem-sucedidos. “O Príncipe” tornou-se notório após ter sido lido por diversos vilões da história. Benito Mussolini, o líder fascista italiano durante a Segunda Guerra Mundial, um homem que trouxe muita destruição para seu país, elogiou publicamente o livro. Dizem que Napoleão Bonaparte dormia com um exemplar do livro sob seu travesseiro. No entanto, deve-se lembrar que Maquiavel apenas apresentou, e não criou a realidade amoral da política. Maquiavel acreditava na capacidade humana de determinar seu próprio destino. Para ele, os fins justificavam os meios: um governante deveria fazer qualquer coisa para atingir seus objetivos. Ao escrever “O Príncipe”, Maquiavel desejava guiar os governantes, alertando-os sobre as armadilhas da selva política. Seu livro é um manual de autopreservação para líderes mundiais.

É um livro que para muitos leitores se torna enrolado e complicado, mas percorrendo as páginas do livro atentamente Nicolau Maquiavel não era esse reacionário cruel e desumano, e o jargão popular que ficou na história não condiz com a realidade. Maquiavel como todo bom filósofo tenha o se legado. Trata-se em seu livro das milícias e seus tipos que eram quatro; as próprias, as mercenárias, as auxiliares e as mistas. As mercenárias e auxiliares são de nenhuma utilidade e transmitem grande perigo, devido ao vínculo praticamente ausente com os que defendem. Deve-se sempre fugir destas milícias, pois a verdadeira vitória só é saboreada se conquistada com as próprias armas, sem levar em conta o prestígio alcançado entre os soldados e súditos desta maneira. Sobre os deveres do príncipe para com seus exércitos, Maquiavel afirma que a arte da guerra deve ser sempre exercitada, tanto com ações como mentalmente, para que o Estado esteja sempre preparado para uma emergência inesperada e, também, para que seus soldados o estimem e possam ser de confiança.

O conjunto de idéias de Maquiavel constituiu um marco que dividiu a história das teorias políticas. Em Platão (428 - 348 a.C.), Aristóteles (384 - 322 a.C.), Tomás de Aquino (1225 - 1274) ou Dante (1265 - 1321), o estudo da teoria do estado e da sociedade vinculava-se à moral e constituíam-se como ideais de organização política e social. O mesmo pode-se dizer de Erasmo de Rotterdam (1465 - 1536) no Manual do Príncipe Cristão, ou Thomas More (1478 - 1535) na Utopia, que constroem modelos ideais de bom governante de uma sociedade justa baseados num humanismo abstrato. Encerrando essa resenha cheia de nuances políticas queríamos afirmar em alto e bom tom que O maquiavelismo é na verdade a política corrente entre os poderosos de todos os tempos, surgido no curso natural da história. Assim, poderemos observar que as grandes personagens maquiavélicas - Moisés, Ciro, Rômulo, Solon, Licurgo, Teseu, César Borgia, Luís XII, E outros - são vultos históricos do passado ou presente que lhe servem de exemplo para as suas considerações, mas não faz uma leitura crítica da História. A idéia de que a justiça é o interesse do mais forte, o recurso a meios violentos e cruéis para se alcançar os objetivos não foram receitas inventadas por Maquiavel, mas remontam a Antigüidade e caracterizam a sociedade do cinquecento. Assim, podemos dizer que o maquiavelismo antecede a Maquiavel, que é responsável pela sistematização das práticas de ação dos detentores do poder, fazendo da prática uma teoria. Enfim Maquiavel depois de muita luta depois uma obra marcante e de conhecimento da maioria dos alunos que se inserem no estudo da sociologia, da psicologia e das ciências políticas, Nicolau Maquiavel faleceu em 1527, aos 58 anos de idade.


Independente de admiradores e críticos, não se pode negar a influência de Maquiavel. Seu trabalho e suas idéias continuam sendo lidos e discutidos com muita efervescência e ele é e sempre será considerado um dos principais filósofos políticos de todos os tempos. Se a teoria política moderna é discutida hoje com tamanho realismo, grande parte disso deve-se ao autor de “O Príncipe”. Esse é o nosso pensamento. As idéias resumidas de um livro que tratou de idéias polêmicas e de difícil assimilação para muitos, mas a política tem esses detalhes, se assim não fosse o mundo atual imantaria coisas boas e a situação política e social seria o somatório das mil maravilhas, visto que a política é controversa, polêmica, partidária e tem seu ideal e seus idealistas e bajuladores.


Auto: Antonio Paiva Rodrigues
Fonte: Artigos.com

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