Considerando a complexidade natural do processo de ensino e aprendizagem, e o fato de que cada aprendente aprende de uma maneira, de acordo com sua singularidade e suas habilidades, a busca do professor pelo que há de atual no conhecimento científico sobre a prática docente, o processo, e as dificuldades de aprendizagem, isto é, estar em formação permanente, pesquisar sempre, é essencial, se buscamos garantia de sucesso em nossa atuação docente.
Mesmo que tenhamos que admitir que o trabalho de pesquisa, na maioria das vezes, toma boa parte das horas do merecido descanso do professor, o acesso a obras especializadas nem sempre está facilmente à sua disposição, e a linguagem utilizada pelos especialistas é quase sempre muito técnica, o que faz com a aquisição de conhecimento seja lenta, evitar pesquisar, pode não ser a melhor opção.
Tomemos, por exemplo, a existência na sala de aula, de alunos que não aprendem de maneira convencional, como os demais (estudos estatísticos apontam que há pelo menos 2 ou 3 alunos que tem dificuldade de aprendizagem, em cada sala de aula, no Ensino Fundamental). Se tentarmos ajudar esses alunos, sem conhecer, as características e manifestações das principais dificuldades de aprendizagem, e sem saber como intervir de forma adequada, a possibilidade de agirmos de forma equivocada, gastarmos nosso tempo sem obter nenhum resultado positivo e ainda nos frustrarmos, sentindo-nos incompetentes, é muito grande, afinal que professor se sente realizado em ter alunos que não aprendem o que ele lhes ensina?
Por outro lado, se optarmos por não intervir, o risco é grande desses alunos atrapalharem a aprendizagem dos colegas de sala, através da manifestação de comportamentos indisciplinados.
Diante disso, estou certo que o mais seguro, é mesmo nos dedicarmos à pesquisa constante, à troca de informações com os colegas e com a coordenação da escola, a fim de ajudarmos esses alunos de maneira mais eficiente possível, e cobrar dos responsáveis pelos sistemas, pelas redes de ensino, a disponibilização de um trabalho de apoio a esses alunos (além do oferecido por nós professores na sala de aula – em horário inverso ao período de aula, em alguns casos, de forma individual), além de treinamento especializado para todo o corpo docente da escola, afinal de contas, todo professor merece a satisfação, de valor incalculável, de ver seus alunos aprendendo, e todo aluno merece aprender, mesmo aqueles, que tem alguma dificuldade de aprendizagem, e que por esse motivo não aprendem como os demais, e não porque são preguiçosos, lentos ou “burros”, como alguns alunos acabam equivocadamente rotulados, o que só serve para complicar ainda mais, suas dificuldades, além de afetar profundamente, sua auto estima.
Autor:VANDERLEI ROBERTO GABRICIO
Fonte: Artigos.com
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